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Quais os objetivos ou faça um resumo por favor
De os seguintes objetivos ou faça um resumo baseado no trabalho abaixo:
Objetivos : Objetivo Especifico:…
Objetivo Geral:…..
Alguém poderia me dizer quais os objetivos acima baseado no trabalho abaixo?
E alguém poderia me fazer um resumo?
ONDE, QUANDO, QUEM COMEÇA O RIO GRANDE DO SUL Antes mesmo da chegada dos açorianos no litoral norte no Rio Grande do Sul, a história do povoamento do estado esteve vinculada estreitamente ao processo de conquista e incorporação da região sulina ao domínio português, em disputa com os espanhóis. Na costa entre Laguna (ao Sul de Santa Catarina) e Tramandaí viviam os índios arachás, da família guarani, e os carijós, expulsos ou dizimados pelos primeiros brancos a entrar no estado, os bandeirantes paulistas que vinham à caça de escravos indígenas. Até o século XVIII, quando teve início o processo de ocupação portuguesa, os portugueses pouco conheciam o interior continental da Província de Rio Grande de São Pedro do Sul. À época da chegada dos primeiros colonizadores brancos, o Litoral Norte do RS era predominantemente habitado por índios Xokleng e Kaingang, povos do grupo Jê Meridional, conhecidos, também, como Botocudos e Coroados. O Litoral Norte gaúcho era uma região isolada não só pela ausência de um porto marítimo natural (baía ou enseada), mas, também, pela falta de vias de navegação fluvial ou lacustre que a ligasse a outras regiões. Tal característica retardou o conflito dos brancos europeus com os índios do litoral. Os kaingang habitavam o Planalto Meridional Brasileiro (link) três mil anos antes da chegada dos europeus. Estes povos eram conhecidos como Proto-Kaingang, povos da Tradição Taquara ou Povo das Casas Subterrâneas. Para se proteger do inverno rigoroso que castiga as elevadas regiões do Sul do Brasil, chamados Campos de Cima da Serra, os Xokleng construíam suas casas de forma enterrada, mantendo-as, assim, protegidas dos ventos fortes e gelados que cortam o planalto. Por vezes, as paredes eram compactadas com argila mais fina, resultando em uma camada de revestimento. O teto era apoiado sobre estacas: uma estaca principal no centro, que descia até o chão da casa, e estacas laterais, que irradiavam do mastro central e se apoiavam na superfície do solo, na parte externa. O teto ficava pouco acima do nível do terreno, garantindo ventilação, iluminação e trânsito. As casas tinham mais ou menos 2 metros de profundidade e o diâmetro variava entre 2 e 22 metros. QUE VAZIO É ESSE? O MITO DO DESPOVOAMENTO DO LITORAL GAÚCHO Os indígenas que viviam nas terras onde hoje é o Rio Grande do Sul, antes da chegada dos europeus, pertenciam a três grupos: • Guarani (tape, arachane e carijó): litoral e parte central até fronteira com a Argentina; • Jê (Kaingang e Xokleng): planaltos do Norte e Nordeste; • Pampianos (Charruas e Minuanos): Sul, próximo ao Uruguai. REMANESCÊNCIA NO RS • Guarani: restam pouco mais de mil vivendo no Rio Grande do Sul, a maioria no litoral. • Jê: no RS, restam Kaingang vivendo em áreas demarcadas; os últimos Xokleng (cerca de 2000 indivíduos) se encontram em SC • Pampianos (Charruas e Minuanos): praticamente exterminados no século XIX OS XOKLENG HOJE Os índios Xokleng da TI Ibirama, em Santa Catarina, são os sobreviventes de um processo brutal de colonização do Sul do Brasil iniciado em meados do século passado, que quase os exterminou em sua totalidade. Apesar do extermínio de alguns subgrupos Xokleng em SC e do confinamento dos sobreviventes em área determinada, em 1914, o que garantiu a ‘paz’ para os colonos e a consequente expansão e progresso do Vale do Rio Itajaí, os Xokleng continuaram lutando para sobreviver a esta invasão, mesmo após a extinção quase total dos recursos naturais de sua terra, agravada pela construção da Barragem Norte ”.( Hoje restam apenas 1853 indivíduos, 2010). O MITO DO DESPOVOAMENTO Há um silêncio em relação à presença e ao protagonismo histórico de índios do grupo Jê no litoral gaúcho, como se esta região tivesse se tornado definitivamente ‘esvaziada de índios’ com a retirada dos Guarani Carijós pelas bandeiras escravagistas dos séculos XVI e XVII. Na memória das comunidades tradicionais litorâneas restam \\\\\\\’histórias cheias de ação e vivacidade; violência e pavor, como no caso das ações de ‘bugreiros’ ou de ‘índias pegas no mato a cachorro\\\\\\\’. ENCONTRO ÍNDIOS E BRANCOS NO LNRS Filme feito por Gunther Plüschow, em sua viagem de 1927 à Patagônia. Alguns trechos foram gravados no estado de Santa Catarina e mostram o contato dos imigrantes alemães, adentrando a mata para estabelecer colônia na serra catarinense e seu contato com os últimos Botocudos ou Xokleng, como têm sido denominados mais recentemente. O filme foi recuperado e lançado por vídeo pelo argentino Roberto LitvachkesEm sua passagem pelo Rio Grande do Sul, entre 1820 e 1821, Auguste Saint-Hilaire viu com bons olhos o projeto do Conde da Figueira, então governador da capitania do Rio Grande, de povoar Torres com índios vindos de Porto Alegre que serviam de domésticos, muitos deles pertencentes a tribos diferentes, trazidos do Uruguai como prisioneiros de guerra. Em suas andanças pelo Sul do Brasil a serviço como engenheiro construtor de estradas, o belga Afonso Mabilde notou a extrema resistência dos Coroados às temperaturas extremas do Sul do Brasil, considerando-se, especialmente, que os indígenas habitavam os Campos de Cima da Serra: Pouca familiaridade com a água: Vivendo ao longo de rios caudalosos e piscosos que amiúde atravessavam, não tinham embarcações, nem comiam peixes . Assim como os Kaingangs, os Xoklengs também não eram bons nadadores e evitavam entrar na água, pois as calhas de suas fechas empenavam depois de molhadas. Esses selvagens são, em geral, péssimos nadadores, fazendo um esforço extraordinário para manter-se n’água devido a seu sistema de nadar, imitando cachorros, e com movimento de braços e pernas quase sempre desencontrados e irregulares. Morro da Borússia: Fronteiras entre índios e brancos A disputa pelos morros da Serra Geral, entre a Lagoa dos Barros (Osório) e o Mampituba (Torres) só tem início com a chegada dos imigrantes alemães, em 1826. A riqueza do solo dessa região já era do conhecimento das autoridades lusas desde antes da colonização. (…) Manuel Gonçalves de Aguiar relata a seus superiores, em 1721, que essas terras são as melhores e as de mais fertilidade que tem todo este Brasil. É, pois, visível que as terras da Serra Geral são as mais excelentes que há: Começa no Rio das Torres (…) e corre por oitenta léguas até a Guarda dos Ferreiros ou Boca do Monte, com largura de oito léguas. Podemos dizer que são as melhores terras não só da capitania do Rio Grande, mas de toda a América. A ocupação prévia dessas áreas por indígenas era de conhecimento das autoridades, mas não se reconhecia o direito deles sobre a terra. No Norte da Província, isto é, na serra, na região montanhosa e no extenso mato virgem que separa aquele do terreno plano, encontraram-se Botocudos que, devido à sua ferocidade eram muito temidos e bastante molestaram os primeiros colonos alemães do mato virgem. Em Viagem ao Rio Grande do Sul, (1820-21), encontrando-se ao Sul da Lagoa dos Barros, Auguste de Saint-Hilaire comenta que “quase todos os proprietários fazem suas plantações ao pé da serra, apesar de sua longínqua localização”. Nas primeiras cinco décadas, a frente agrícola açoriana limitou-se “a arranhar as bordas da serra”, não sem conflitos com os índios. O estabelecimento de colonos no interior do território indígena só se daria de modo mais intensivo com a chegada dos colonos alemães à região, em 1826 . MILÍCIA BUGREIRA Em algumas regiões, os ‘bugreiros’ empreendiam verdadeiras caçadas aos bugres aniquilando-os. No Jornal ‘O Novidades’ de 05.06.1904, na pg. 02, foi publicado um artigo com o tema ‘Carneficina nos Bugres’, e nele consta todas as táticas e atrocidades praticadas pelos bugreiros contra os índios no decorrer de uma ‘batida’ (incursão). Do texto contido no referido periódico: O pavor e a consternação produzidas pelo assalto foi tal, que os bugres nem pensaram em defender-se, a única coisa que fizeram foi procurar abrigar com o próprio corpo, a vida das mulheres e crianças. Baldados intentos !! Os inimigos não pouparam vida nenhuma; depois de terem iniciado a sua obra com balas, a finalizaram com facas. Nem se comoveram com os gemidos e gritos das crianças que estavam agarradas ao corpo prostrado das mães! Foi tudo massacrado. Do Jornal “O Novidades”, Blumenau, 19 de junho de 1904, página 04: O chefe da expedição José Bento foi morto pelos bugres. Sua morte deve ser sinceramente sentida. José Bento era um homem muito valente, e o melhor dos nossos caçadores de bugres … E em 12.03.1905, sob o título ‘Expedição contra os bugres’, no mesmo jornal: Aí chegando com as maiores cautelas, a um sinal convencionado, deram o ataque. Estabeleceu-se uma confusão enorme: gritos, pulos, imprecauções, um berreiro infernal por parte dos selvagens. Não contam os expedicionários, mas é fácil prever terem feito eles uma boa chacina, (…). O ataque aos nativos da costa leste brasileira acirrou-se com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. A carta régia de 05 de novembro de 1808 ordena imediata guerra aos “bugres”, definidos por D. João VI como “infestadores de meu território”. O plano de ataque da ‘milícia bugreira’ era começar a batida ao mato a partir do alto Mampituba para depois proceder uma varredura em direção ao Sul. wwO insucesso das expedições bugreiras pode ser atribuído à falta de conhecimento sobre o modo de vida das pessoas que eles perseguiam. Sobre a “inaptidão de soldados profissionais [bugreiros] a combater índios no interior da floresta”: pouco podiam fazer, pois vivam estacionados em locais em que o índio não aparecia. Quando batiam os matos, não encontravam índios. Quando usavam seu armamento, ele se apresentava em estado precário. Saiba mais: SANTOS, Sílvio Coelho dos. Os Índios Xokleng: memória visual. Florianópolis: UFSC; Itajaí: UNIVALE, 1997. P.16 Deslocados de territórios onde originalmente estiveram fixados como agricultores – as planícies de cima da serra e os campos litorâneos – e empurrados para a mata densa, os Xokleng constituíam-se em povo nômade, necessitando de um amplo território para suprir a coleta e a caça necessárias à sua manutenção: Na Mata Atlântica, as estratégias de caça e coleta desenvolvidas exigiam uma atomização do grupo, de maneira a cobrir uma área mais ampla possível, os acampamentos eram pequenos e pouco estáveis, abrigando grupos subdivididos em poucas famílias por períodos de tempo poucas vezes superiores a alguns dias. Estes grupos reuniam 30 pessoas, aproximadamente: De outro lado, os bugreiros particulares eram extremamente eficientes na caça aos índios. bugreirismo exigia o domínio de técnicas de sobrevivência na selva, passando os caçadores sem comer, beber por dias seguidos na floresta. Muitas vezes, “não faziam fogo, não fumavam, não falavam alto e nem levavam cães” que podiam denunciar sua presença. Havia um líder cuja principal tarefa era encontrar pistas que levassem ao acampamento, que o líder observava durante dias. Tendo estudado bem o grupo, o líder orientava seus homens: a primeira providencia era cortar a corda dos arcos (normalmente deixados juntos durante a noite) e atacar os índios pela manhã, enquanto dormiam. Primeiro descarregavam pistolas, depois, o facão entrava em cena”. Em passagem por Conceição do Arroio, em 1816, o oficial português Francisco de Paula Azeredo anotou: “à direita, estendia-se uma vasta cordilheira de montanhas detraz das quaes habitavam os povos bárbaros ou gentios, a quem os naturaes chamavam – Bogres – cujas incursões muitas vezes incommodavam os pacíficos e laboriosos habitantes do litoral ”. Aldeamentos indígenas no Litoral Norte, século XVIII São Nicolau do Rio Pardo foi o primeiro aldeamento guarani-missioneiro do continente constituído nos moldes que remetem aos da política assimilacionista do Marquês do Pombal. De São Nicolau foram transferidas as populações indígenas que formaram os aldeamentos de Santo Antônio da Patrulha e de Nossa Senhora dos Anjos.
Professores e Alunos
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